Demasiadamente explorada e preocupante, a questão ambiental vem impulsionando a busca por alternativas às formas pouco sustentáveis da humanidade para obter recursos naturais e suprir sua demanda energética. Responsável por 90% das emissões totais do setor de transportes, a indústria automobilística é hoje a principal candidata a sofrer profundas modificações, encabeçadas pela introdução dos veículos elétricos – puros e híbridos –, como opção aos veículos convencionais à combustão.
Diante desse quadro, governos de diversas partes do mundo, dentre eles Alemanha, França, Portugal, China e Estados Unidos, vêm estimulando a pesquisa e o desenvolvimento de modelos elétricos que atendam às necessidades do planeta e da população. Suas grandes universidades mantêm estudos sobre diversos temas relacionados aos VE’s, dentre eles tecnologia de baterias, obtenção e distribuição de energia elétrica; eficiência elétrica e mecânica e design.
O Brasil, ainda no início desta caminhada, mostra-se disposto a abraçar a causa dos veículos elétricos por meio de incentivos fiscais e em infraestrutura. O Plano Nacional de Energia 2030 prevê a expansão da rede de produção de energia elétrica no país, providenciando um contexto favorável para a implementação dos veículos elétricos em ruas e estradas brasileiras. A iniciativa privada mostra sua disposição nesta causa, exibindo modelos construídos em território nacional e anunciando investimentos na ordem de bilhão de reais para a construção de fábricas de carros elétricos.
Algumas universidades brasileiras já possuem programas de estudo acerca do projeto e tecnologia de veículos elétricos, havendo inclusive uma competição a nível nacional: a Maratona Universitária da Eficiência Energética (saiba mais). Na Universidade Federal do Rio de Janeiro alguns professores expressavam o desejo de atuar neste campo, incentivando o interesse dos alunos sobre o tema, o que resultou em projetos finais de graduação e iniciação científica.